Em pouco tempo de clube, zagueiro conquistou titularidade e atua com proteção nas costelas para seguir na boa sequência.
Criado na base do Atlético-MG, aos 23 anos, Werley ansiava por uma experiência em outro clube. Queria recomeçar em novo endereço, sem o pesado rótulo de promessa da base. Só não esperava que conseguisse realizar a sua meta em tão pouco tempo. Em um mês de Grêmio, tem sete jogos, todos como titular, dois como capitão e já anotou um gol, de cabeça. A ambientação fulminante é méritos de Luxemburgo, afirma. Mesmo satisfeito, sabe ser cauteloso e alerta que a boa fase gera maior expectativa e, portanto, maior pressão.
- A confiança que ele tem em mim ajuda bastante. É uma responsabilidade muito grande. Quero retribuir dentro de campo, ajudando o Grêmio - explica. - Não esperava uma afirmação tão rápida. Mas tenho os pés no chão. Sei que vou ser mais cobrado.
É muito por isso, preocupado em manter esse bom nível, que Werley se submete a uma rotina de sacrifício. No dia 25 de março, sofreu fissura numa das costelas, mas ficou fora de apenas uma partida, diante do Pelotas. Aplicado, fez tratamento em dois turnos inclusive em fim de semana para voltar ao time.
Lembra que já atuou lesionado nos seus tempos de Atlético-MG, com o tornozelo machucado. Portanto, não seria desta vez, em seu auge, que ficaria de fora. Quando entra em campo, usa uma espécie de fita, uma bandagem no local, que dá um "conforto maior" no momento do giro.
- Não tem tempo exato de cura. É uma lesão demorada. Vou sentir dor por muito tempo ainda. Mas o jogador que trabalha em alto nível vai jogar com dor sempre. O Grêmio abriu as portas para mim, e eu quero retribuir dentro de campo, não posso ficar no departamento médico.
- O Werley foi muito macho, voltando apesar de uma fissura na cartilagem da costela, jogou porque o Grêmio precisava dele. Era importante ele jogar, gostei muito da atitude dele de se colocar à disposição - elogiou Luxemburgo, após a vitória em Minas Gerais sobre o Ipatinga.
O triunfo de Werley não deixa de ser uma conquista pessoal de Luxemburgo. Afinal, a contratação do zagueiro surgiu de um pedido do técnico. Trabalharam juntos no Atlético-MG. Werley chegou ao Olímpico no primeiro dia de março sob certa desconfiança, com fama de que a torcida do Galo implicava com o seu futebol. O próprio zagueiro esclarece que os momentos de críticas foram bem menos longos do que havia sido sugerido.
- As pessoas acham que foi muito tempo, mas não foi. Tive dificuldade em 2010, da 10ª a 18ª rodada do Brasileirão. Quando terminou o Brasileirão, a torcida só gritava o nome de três jogadores: do Diego Tardelli, do Renan e o meu - recorda, na expectativa de que os gritos de apoio continuem, agora em preto, branco e também, e principalmente, em azul.
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