Ex-técnicos do clube acreditam que meias ofensivos são fundamentais para atuar sem homem de referência.
O Grêmio campeão brasileiro em 1996 não tinha centroavante. Tinha, no banco, Zé Afonso. O Grêmio campeão da Copa do Brasil de 1997 também não tinha centroavante. Em ambas as temporadas, em ambas as conquistas, o ataque gremista era formado por Paulo Nunes e Zé Alcino. Ou seja: era um ataque, na realidade, sem um homem de referência para o restante do time e que costuma ficar dentro da área adversária. Sem goleador. Sem centroavante. Uma tendência que começa a aflorar no Estádio Olímpico depois das lesões de Kleber e Marcelo Moreno, aliada à má fase de André Lima (muito devido ao início de ano conturbado) e à vitória com boa atuação da dupla de argentinos Bertoglio-Miralles na noite desta quarta diante do Ipatinga, pela Copa do Brasil.
ENQUETE: É possível jogar sem centroavante, usando Miralles e Bertoglio à frente do ataque gremista?
Para os ex-técnicos gremistas Evaristo de Macedo (justamente, campeão da Copa do Brasil em 1997) e Cláudio Duarte, é possível jogar sem centroavante. Para Claudião, ter dois atacantes de movimentação gera alternativas em relação às estratégias pensadas e montadas por Luxemburgo para determinado embate. Para Evaristo, entrar em campo sem um goleador só terá êxito se o meio-campo tiver jogadores com características ofensivas.
Confira o que pensam Evaristo de Macedo e Cláudio Duarte sobre a possibilidade de o Grêmio atuar, nos próximos jogos, sem um homem de referência no ataque:
Sem centroavante
Evaristo de Macedo: "Para jogar sem centroavante é preciso ter meio-campistas bem ofensivos, senão, não consegue jogar. Se normalmente colocar um time, em campo, com dois cabeças de área que não são ofensivos, o técnico vai ter problemas. Afinal, a presença do centroavante ocorre para dar mais ofensividade à equipe".
Cláudio Duarte: "Quando chega nessa situação de ter outras possibilidades de composições, é muito positivo. O Grêmio vai passar a ter alternativas fortes conforme a característica de cada jogador, independente se é de ficar posicionado dentro da área ou de movimentação, na diagonal, de fora para dentro. A recuperação do Miralles é isso".
Alternativas
Evaristo de Macedo: "Já tive jogadores de meio que eram goleadores. Esses jogadores são bons. Dá até para jogar sem centroavante. Agora, se não tiver jogadores que vêm de trás, se não chegarem na área, fica difícil. Em 97, no Grêmio, eu tinha um time bem ofensivo, com jogadores que quando passavam do meio com a bola dominada, praticamente se transformavam em atacantes, principalmente os laterais. Estavam sempre na linha de fundo".
Cláudio Duarte: "No Chile, Miralles era um jogador bom, rápido, bom boa movimentação e bons arremates. O Bertoglio é bom jogador, tem estrela, mas ainda precisa confirmar muita coisa. Ainda não vejo o Bertoglio como um atacante, mas sim como um meia chegando de trás, com a bola dominada, infiltrando, conduzindo, de frente. O Miralles eu já vejo como um atacante de movimentação, que busca espaço e que, se tiver que fazer infiltração, faz. O Bertolgio não é um atacante nato, mas pode ser um segundo atacante vindo de trás".
Estratégia
Evaristo de Macedo: "Esses esquemas dependem muito do material humano que se tem na mão. O ideal é sempre ter um grande centroavante. A história do futebol mostra que grandes centroavantes sempre foram goleadores. E jogamos para fazer gols. Se vai substituí-lo, tem que ter gente que de repente ocupe esse espaço na área. Do contráfio, fica complicado".
Cláudio Duarte: "As alternativas passam a ser variadas e isso é bom para o técnico. Se vai enfrentar adversários em que precise atuar mais dentro da área, tem jogador. Se precisa de um jogador mais técnico, tem também. Se necessita de mais movimentação, também. Às vezes, vai precisar de um na frente e outro chegando de trás. E vai ter essa opção também. Isso é muito importante. Hoje em dia, não tem mais essa de time titular e reserva. Usa-se os jogadores conforme as características de cada um para a estratégia de jogo. Assim, para cada jogo, pode montar um plano diferente. Se não tiver alternativa, fica preso".
ENQUETE: É possível jogar sem centroavante, usando Miralles e Bertoglio à frente do ataque gremista?
Para os ex-técnicos gremistas Evaristo de Macedo (justamente, campeão da Copa do Brasil em 1997) e Cláudio Duarte, é possível jogar sem centroavante. Para Claudião, ter dois atacantes de movimentação gera alternativas em relação às estratégias pensadas e montadas por Luxemburgo para determinado embate. Para Evaristo, entrar em campo sem um goleador só terá êxito se o meio-campo tiver jogadores com características ofensivas.
Confira o que pensam Evaristo de Macedo e Cláudio Duarte sobre a possibilidade de o Grêmio atuar, nos próximos jogos, sem um homem de referência no ataque:
Sem centroavante
Evaristo de Macedo: "Para jogar sem centroavante é preciso ter meio-campistas bem ofensivos, senão, não consegue jogar. Se normalmente colocar um time, em campo, com dois cabeças de área que não são ofensivos, o técnico vai ter problemas. Afinal, a presença do centroavante ocorre para dar mais ofensividade à equipe".
Cláudio Duarte: "Quando chega nessa situação de ter outras possibilidades de composições, é muito positivo. O Grêmio vai passar a ter alternativas fortes conforme a característica de cada jogador, independente se é de ficar posicionado dentro da área ou de movimentação, na diagonal, de fora para dentro. A recuperação do Miralles é isso".
Alternativas
Evaristo de Macedo: "Já tive jogadores de meio que eram goleadores. Esses jogadores são bons. Dá até para jogar sem centroavante. Agora, se não tiver jogadores que vêm de trás, se não chegarem na área, fica difícil. Em 97, no Grêmio, eu tinha um time bem ofensivo, com jogadores que quando passavam do meio com a bola dominada, praticamente se transformavam em atacantes, principalmente os laterais. Estavam sempre na linha de fundo".
Cláudio Duarte: "No Chile, Miralles era um jogador bom, rápido, bom boa movimentação e bons arremates. O Bertoglio é bom jogador, tem estrela, mas ainda precisa confirmar muita coisa. Ainda não vejo o Bertoglio como um atacante, mas sim como um meia chegando de trás, com a bola dominada, infiltrando, conduzindo, de frente. O Miralles eu já vejo como um atacante de movimentação, que busca espaço e que, se tiver que fazer infiltração, faz. O Bertolgio não é um atacante nato, mas pode ser um segundo atacante vindo de trás".
Estratégia
Evaristo de Macedo: "Esses esquemas dependem muito do material humano que se tem na mão. O ideal é sempre ter um grande centroavante. A história do futebol mostra que grandes centroavantes sempre foram goleadores. E jogamos para fazer gols. Se vai substituí-lo, tem que ter gente que de repente ocupe esse espaço na área. Do contráfio, fica complicado".
Cláudio Duarte: "As alternativas passam a ser variadas e isso é bom para o técnico. Se vai enfrentar adversários em que precise atuar mais dentro da área, tem jogador. Se precisa de um jogador mais técnico, tem também. Se necessita de mais movimentação, também. Às vezes, vai precisar de um na frente e outro chegando de trás. E vai ter essa opção também. Isso é muito importante. Hoje em dia, não tem mais essa de time titular e reserva. Usa-se os jogadores conforme as características de cada um para a estratégia de jogo. Assim, para cada jogo, pode montar um plano diferente. Se não tiver alternativa, fica preso".
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