Zé Alcino, que jogou ao lado de Paulo Nunes, considera importante ter duas possibilidades de formação.
Multicampeão pelo Grêmio nos anos 90 e referência do clube nas conquistas daquela década, Paulo Nunes assistiu a Grêmio x Ipatinga na noite de quarta-feira. Gostou da vitória. E analisou com cuidado a atuação de Miralles e Bertoglio, que marcaram gols e que não apenas a partir de ontem sofrem o assédio da torcida pela titularidade. O ex-jogador, no entanto, ainda prefere ver o Grêmio com um centroavante e um segundo atacante. O motivo, para ele, é simples: faltam meias de ligação ágeis e habilidosos para que Luxemburgo possa escalar a dupla de argentinos junta, desde o início.
— Pelo o que vi, o Grêmio não tem esse meio. Fica mais complicado. Se tivesse alguém para colocar a bola limpa para o atacante ou mesmo finalizar, aí certamente seria melhor. Mas não vejo no Grêmio, hoje, um jogador para chegar fácil à frente. Assim, é preciso jogar com um homem fixo para segurar a bola, fazer o pivô e esperar os meias chegarem — analisa Paulo Nunes, que elogia o potencial de Bertoglio principalmente devido ao seu ímpeto de arriscar: — Ele é rápido, vai para cima, não tem medo. Mas ainda tem que evoluir. Temos que ver como o time vai ser armado — complementa.
Campeão brasileiro em 1996 e da Copa do Brasil em 1997 ao lado de Zé Alcino, Paulo Nunes enaltece Léo Gago. Diz que admira seu futebol, mas crê que o volante não tenha arranque suficiente para fazer o papel de um meia: — É preciso ter visão de jogo, saber chegar dentro da área. Ele tem dificuldade nisso. Mas tem um chute que não tenho nem o que falar. Com atacantes rápidos, fica um buraco entre a linha de ataque e o meio. Normalmente, quem não é propriamente meia-atacante não consegue chegar fácil na área — avalia.
No Brasil, Paulo Nunes sempre foi segundo atacante, exceto no Grêmio de 1996 e 1997, quando jogava mais centralizado, com Zé Alcino mais aberto pelas pontas — principalmente, pela direita. Em contrapartida, atuou ao lado de homens de referência como Gacúho, no Flamengo; Jardel, no Grêmio; João Pinto, no Benfica; e Oséas e Evair, no Palmeiras.
Do Grêmio vitorioso dos anos 90, lembra das constantes chegadas à frente de Goiano e Carlos Miguel. Diz que Luxemburgo sabe que não pode utilizar dois atacantes velozes sem ter um bom meia, que ele exemplifica em nomes como Alex (ex-Palmeiras e Cruzeiro), Zinho e o próprio Carlos Miguel dos tempos de Grêmio.
Zé Alcino: "Não há vantagem, nem desvantagem. As duas opções são importantes"Parceiro de Paulo Nunes nos times vencedores da segunda metade da década de 90, Zé Alcino largou o futebol em 2009. Mas se recorda com clareza da maneira como atuava ao lado do companheiro na melhor fase de sua carreira: — O Paulo Nunes fazia mais a função do centroavante, pelo meio, mais fixo. Mas era um atacante. Éramos dois atacantes cumprindo funções táticas bem definidas. Eu tinha facilidade para voltar e marcar para recompor o meio. Havia muita concorrência também. Se eu não me esforçasse, estaria fora — lembra.
Zé Alcino jogou no Grêmio entre 1996 e 1999. Conta que pegou o gosto de fazer gols apenas no final da sua trajetória no futebol. Gostava de servir. E não aponta vantagem e nem desvantagem no fato de jogar com dois atacantes de grande movimentação ou com um centroavante mais centralizado na área.
— É questão de oportunidade, de dar resultado e sequência. Na época, tinha o Paulo Nunes e o Jardel, depois o Zé Afonso, e mais eu. Tínhamos duas opções para mudar o jogo. Não há vantagem e nem desvantagem. Acho importante ter as duas opções. Eu tinha força, era um jogador de arrancada. Mas às vezes jogávamos os três juntos — diz, referindo-se à parceria com Zé Afonso.
O Grêmio que tinha uma característica forte na bola aérea incorporou o jogo veloz com a chegada de Zé Alcino. Dos cruzamentos para Jardel e Zé Afonso, aos passes curtos e rápidos entre os meias e os atacantes de movimentação, costumava sair de campo vencedor.
— Pelo o que vi, o Grêmio não tem esse meio. Fica mais complicado. Se tivesse alguém para colocar a bola limpa para o atacante ou mesmo finalizar, aí certamente seria melhor. Mas não vejo no Grêmio, hoje, um jogador para chegar fácil à frente. Assim, é preciso jogar com um homem fixo para segurar a bola, fazer o pivô e esperar os meias chegarem — analisa Paulo Nunes, que elogia o potencial de Bertoglio principalmente devido ao seu ímpeto de arriscar: — Ele é rápido, vai para cima, não tem medo. Mas ainda tem que evoluir. Temos que ver como o time vai ser armado — complementa.
Campeão brasileiro em 1996 e da Copa do Brasil em 1997 ao lado de Zé Alcino, Paulo Nunes enaltece Léo Gago. Diz que admira seu futebol, mas crê que o volante não tenha arranque suficiente para fazer o papel de um meia: — É preciso ter visão de jogo, saber chegar dentro da área. Ele tem dificuldade nisso. Mas tem um chute que não tenho nem o que falar. Com atacantes rápidos, fica um buraco entre a linha de ataque e o meio. Normalmente, quem não é propriamente meia-atacante não consegue chegar fácil na área — avalia.
No Brasil, Paulo Nunes sempre foi segundo atacante, exceto no Grêmio de 1996 e 1997, quando jogava mais centralizado, com Zé Alcino mais aberto pelas pontas — principalmente, pela direita. Em contrapartida, atuou ao lado de homens de referência como Gacúho, no Flamengo; Jardel, no Grêmio; João Pinto, no Benfica; e Oséas e Evair, no Palmeiras.
Do Grêmio vitorioso dos anos 90, lembra das constantes chegadas à frente de Goiano e Carlos Miguel. Diz que Luxemburgo sabe que não pode utilizar dois atacantes velozes sem ter um bom meia, que ele exemplifica em nomes como Alex (ex-Palmeiras e Cruzeiro), Zinho e o próprio Carlos Miguel dos tempos de Grêmio.
Zé Alcino: "Não há vantagem, nem desvantagem. As duas opções são importantes"Parceiro de Paulo Nunes nos times vencedores da segunda metade da década de 90, Zé Alcino largou o futebol em 2009. Mas se recorda com clareza da maneira como atuava ao lado do companheiro na melhor fase de sua carreira: — O Paulo Nunes fazia mais a função do centroavante, pelo meio, mais fixo. Mas era um atacante. Éramos dois atacantes cumprindo funções táticas bem definidas. Eu tinha facilidade para voltar e marcar para recompor o meio. Havia muita concorrência também. Se eu não me esforçasse, estaria fora — lembra.
Zé Alcino jogou no Grêmio entre 1996 e 1999. Conta que pegou o gosto de fazer gols apenas no final da sua trajetória no futebol. Gostava de servir. E não aponta vantagem e nem desvantagem no fato de jogar com dois atacantes de grande movimentação ou com um centroavante mais centralizado na área.
— É questão de oportunidade, de dar resultado e sequência. Na época, tinha o Paulo Nunes e o Jardel, depois o Zé Afonso, e mais eu. Tínhamos duas opções para mudar o jogo. Não há vantagem e nem desvantagem. Acho importante ter as duas opções. Eu tinha força, era um jogador de arrancada. Mas às vezes jogávamos os três juntos — diz, referindo-se à parceria com Zé Afonso.
O Grêmio que tinha uma característica forte na bola aérea incorporou o jogo veloz com a chegada de Zé Alcino. Dos cruzamentos para Jardel e Zé Afonso, aos passes curtos e rápidos entre os meias e os atacantes de movimentação, costumava sair de campo vencedor.
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