Lúcio não é mais jogador do Grêmio, mas mantém intacto o seu vínculo com a torcida. Mesmo de contrato rescindido, viveu uma noite especial na quarta-feira, quando o time de Vanderlei Luxemburgo bateu o Ipatinga por 3 a 0, pela Copa do Brasil. Acompanhado da filha Maria Eduarda, de oito anos, o jogador recebeu uma homenagem da Geral do Grêmio, movimento de torcedores que se reúne no portão dez do estádio Olímpico durante as partidas.
O lateral ganhou dos gremistas a faixa, também conhecida como “trapo”, que foi feita em sua homenagem em maio do ano passado. A entrega ocorreu em um tradicional ponto de encontro de sócios em dias de jogos, localizado nas imediações do estádio Olímpico. O gesto dos fãs emocionou Lúcio.
- Foi uma homenagem bonita. Só tenho a agradecer a todos que sempre me apoiaram, na hora boa e na hora ruim. No futebol, você vê quem está ao seu lado quando as coisas não vão tão bem. Fico feliz por ter construído essa relação com uma torcida tão apaixonada quanto a do Grêmio. Chego a ficar emocionado lembrando dos momentos bons - relata.
Com 32 anos, Lúcio está completamente integrado à rotina em Porto Alegre. Grávida há seis meses, a esposa Patrícia espera por mais um filho, que já tem nome: Davi Willian. É no futuro bebê, que até já tem quarto mobiliado e decorado, que a família se ampara na decisão de permanecer na capital gaúcha, enquanto não surge um acerto com outro clube.
- De certa forma, levando essa bandeira, levo comigo uma parte desse sentimento do torcedor também. Fiz de Porto Alegre a minha casa, onde tenho grandes amigos. É legal passar por um lugar e deixar algo. Estou deixando e levando algo daqui - comemora.
Lúcio teve duas passagens pelo Grêmio. A primeira foi em 2007, e a segunda, de agosto de 2009 até março deste ano. Com 106 partidas disputadas, esteve presente nas duas últimas conquistas do clube: os estaduais de 2010 e 2007, quando marcou um dos gols na final contra o Juventude.
- No final dessa minha segunda passagem pelo Grêmio, as coisas não aconteceram como eu gostaria por alguns motivos que eu prefiro nem comentar, mas futebol é assim mesmo. Sei separar bem as coisas. Fica o carinho pela instituição e pela torcida. Tive uma oportunidade que não é muito comum, de poder agradecer pessoalmente ao apoio que sempre foi dado - completa, orgulhoso.
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